segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Etiqueta da primeira vez


Eu sempre ouvi muitas amigas se perguntarem sobre o que fazer nessas horas, o que pode ou não ser questionado, se devo calar e deixar rolar ou, o principal, o que o cara vai pensar se algo escapar do que ele esperava.

Confesso que nunca cheguei a descobrir o que está ou não errado, principalmente, o que fazer nessas horas, se vale tudo mesmo, se o oral na primeira quer dizer que você é muito o nada vaca. Imagino que muitas das minhas colegas leitoras se perguntem a mesma coisa e digo: não há pudor. A primeira vez é sempre a primeira vez. É o momento de mostrar a performance, como se sentir à vontade na cama, em frente de um cara que pode ou não ser um relacionamento mais pra frente.

Sem segredos e medos, você pode se arriscar e fazer o que tiver com vontade. Mostre o que sabe, entenda o prazer que tem propõem, liberte-se das amarras. Ninguém vai te recriminar, porque a culpa será mútua, sem hipocrisia. Se permitir neste momento, alias, te dá liberdade de mostrar de cara o que está disposta a se arriscar. Mulheres pudicas e recatadas não dão “catadas” de primeira se não estiverem pensando em namorar; o medo de serem largadas é muito grande. Já as solteiras inveteradas, que não tem medo de perder um aqui ou ali, porque encontrarão o próximo logo à frente, se arriscam, se liberam e proporcionam uma transa sensacional.

Onde está o seu pudor? Quem aceita transar antes de começar a namorar já está sendo rotulada, isso é fato. Se o lance não rolar depois de uma “bem dada”, não vai ter o porque de se culpar; se fez ou não. Por isso, se jogue, a vida é curta e quem quer ficar segurando tudo o que tem, vai se perder em algum canto e com algum arrependimento, com certeza.

Outra coisa: mulher esquece que tudo é feito com outra pessoa, que assim como você também está se expondo, independente de ser homem. O sexo frágil pode se mostrar além de forte, ultra poderoso se questionar isso ao parceiro. Fraqueza é uma ova! Se chegamos há alguns passos da emancipação, podemos nos mostrar cada vez mais “saidinhas” com o que nos liberta…e sexo está longe de ser um tabu.

"...muito me interessa sua potência, seu calibre, seu gás..."




segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A liberdade que não se compra

Em qual momento o libertar se torna publicamente taxado de não amar

O assunto me veio à reflexao após ouvir a seguinte frase: "É por não gostar de você de verdade que te deixa tão solto". O que teria isso a ver com sentimento? Na minha opinião, o deixar "solto" nada mais é do que uma prova de amor. Ninguém deixa o outro de lado, largado, sozinho...as pessoas só se permitem serem libertas, pelo sentimento e confiança. No que me tange, a liberdade nem sequer parece com deixar de lado, é algo que se conquista com o tempo, que acredita, confia e ama mais do que o que prende. Todos os casais que conheço e que se permitem esse tipo de liberdade, vivem bem e se amam sem fingimentos ou interesses implícitos. 

Caetano Veloso - Sozinho 

Na verdade, me desculpem os ciumentos, mas esse tipo de sentimento de prender é tão prejudicial quanto uma pedrada na cabeça em dia de campeonato. É muito importante saber a hora de guardar, mas se a pessoa já é sua, não é preciso temer, está escrito dentro dos olhos, no toque, no coração. Não há dúvidas, medo e apreensão que impeça o outro de ser feliz quando se liberta. Quem não consegue entender isso, será sempre preso do próprio pensamento. E digo uma coisa: o cérebro cria os piores monstros dentro de nós mesmos, Freud explica!

Uma coisa importante em tudo isso, é saber como o seu ou sua companheira lidam com essa situação. O que os outros falam, pouco interessa, pois já conheci muita gente que prendia, e o parceiro saia aos finais de semana escondido pra ir badalar ou cantava outras por mídias sociais fakes.

Por incrível que pareca, todo esse contexto me fez lembrar da música "Sozinho", do Caetano, em que ele pede para não  ficar solto, sozinho, mas integra com um "Quando a gente ama, claro que a gente cuida". Isso prova que não é preciso estar perto para saber que está junto. A canção me deixa claro que cuidar com zelo não  é deixar de lado, nem por um instante. 

Todo ser humano precisa de uma valvula de escape, um tempo para si, para poder viajar sozinho ou sair com os amigos pra tomar umas cervejas e, até mesmo, paquerar outras pessoas. Sim, paquerar...ninguém está falando de transar com ninguém, mas olhar não mata, a menos que a parceira cometa um homicídio antes, mas ai é outra história...  

Acho importante lembrar disso...não é pra largar, tem que cuidar, mas libertar em primeiro lugar. O conceito não serve só pro parceiro, mas pra você também. E esse antigos pensamentos já estão fora de moda, caídos, por assim dizer. Os casais que mais combinam, são aqueles que tem amigos e vivem socialmente felizes, se libertam. Já reparei que a maior parte das traições ocorre por casais que se sufocam. E aqueles que já tiveram a oportunidade de aprender a viver libertos, nunca mais aceitarão um relacionamento diferente.

E se você ainda acha que é prendendo que se conquista ou evita levar uns chifres, como  dizem por ai, está na hora de rever seus conceitos e perceber que  nada (nada mesmo!) evitará que o outro faça algo do tipo. O principal é sua própria consciência e sempre lembrar que não é preciso estar longe pra estar perto. A mais linda prova de amor é libertar. Pense nisso!


terça-feira, 31 de julho de 2012

Ele não está tão a fim de você

Não adianta inventar desculpas, esse é o momento de cair fora!

Não foi a primeira e não será a última vez que acontecerá. O cara ou a mina te vê, paquera, chega junto, troca telefone ou te passa o nome no Facebook e depois de uma ou duas mensagens trocadas...desaparece!

Talvez seja este momento de sumiço que algumas pessoas não suportam. Porque é ai onde ele(a) tenta manter o contato para entender o que houve, não se sentir rejeitado(a) em hipótese alguma, fingir que mandou mensagem para a pessoa errada para conseguir um sinal de vida...e nada! A verdade é cruel, mas a hora da verdade chegou e...ELE(A) NÃO ESTÁ TÃO A FIM DE VOCÊ.

Por várias vezes assisti um filme dirigido por Ken Kwapis, baseado no livro de Greg Behrendt e Liz Tuccillo, com o mesmo título (na tradução livre para o Português - "He's just not that into you"), mas nunca tinha pensado que tantas pessoas poderiam sofrer do mesmo mal e não saber em que ponto devemos deixar pra lá um lance que não vai vingar. É incrível como isso, não só ocorre por parte dos homens, as mulheres também sabem, muito bem, rejeitar quando não estão com vontade de se relacionar.



Muitas pessoas não aceitam este tipo de rejeição, brigam consigo para tentar entender que a vida não acabou e é hora de sair fora. Por exemplo, uma das passagens do filme, em que a protagonista tenta defender o porque do rapaz que tinha conhecido não telefonar e acaba tomando um "banho de agua fria" de Alex, seu quase conselheiro amoroso.

Gigi: - Talvez a avó dele tenha morrido ou ele perdeu o número ou está fora da cidade ou foi atropelado por um taxi...

Alex: - Ou talvez ele não esteja interessado em vê-la novamente.

Chute na canela? Não! Realidade pura e destilada.

Para ajudar algumas pessoas a sair dessa energia, dessa nuvem chata que é o desprezo e a falta de interesse, enumerei alguns itens que podem ser inclusos na listinha de mulheres, e homens, desesperados por respostas. Vamos lá!

1. Se ele(a) te dá mole pode ser que realmente o(a) fulano(a) tenha gostado de você. Porém, esqueça de pensar em casamento ou onde passarão a lua de mel e em qual escola matricularão seus filhos. Um "olá" não significa que a pessoa te queira nem pra agora, muito menos pra vida toda;

2. Trocaram telefones ou nomes no Facebook e ele(a) não te add ou não te liga. Calma! Esse não é o fim do mundo. Porém, não invente razões para defender um ato do tchau como a Gigi fez, dizendo pra si ou para os amigos: Ah! Ele(a) pode ter sofrido um acidente ou ele(a) pode ter perdido o meu número ou salvou com o nome errado...Béééé! Campainha do erro pra voce! É óbvio que isso indica que não vai rolar. ELE(a) NÃO ESTÁ TÃO A FIM DE VOCÊ!;

3. Nunca tente se enganar ou ficar disponível toda vez que alguém realmente some. A falta de um telefonema, de um add nas mídias socias ou coisa do tipo, não vai te deixar menos interessante. Ah sim! Quanto menos contatos passar para o indivíduo, isso te deixará menos deprimido. Imagine levar um fora em sete mídias diferentes, por exemplo;

Lembre-se sempre: Quando um fulano(a) quiser, ele(a) vai te procurar. Mas tem que ser difícil pra ele(a) também. Pessoas disponíveis levam fama de sem desafios e sem graça. Ninguém vai perder tempo como uma coisa fácil de ser adquirida, não é mesmo?

O que se deve ter em mente é o quão importante você pode ser para outras pessoas, que devem estar loucas para te conhecer. E para aqueles que perderam tempo te tirando pra dançar, pedindo telefone, nome no Facebook, etc, e nada fizeram...não sabe o que perderam!





sexta-feira, 6 de julho de 2012

Desanimadores de relacionamentos

Como uma relação complicada pode comprometer toda uma vida amorosa

Há quem acredite no amor e há quem o desanime. Não se sabe de que forma ele pode aparecer na vida, sem que tome um pé na bunda na primeira oportunidade. Muitas pessoas já devem ter tido relacionamentos difíceis, complicados. Porém, um em especial sempre desencanta todos os outros que virão e pode transformar a pessoa em uma temível "desanimadora de relacionamentos". Há algum tempo venho analisando que isso de fato acontece e esse indivíduo opina, muitas vezes de forma cruel, na vida amorosa alheia sem papas na lingua, sem medo de dizer "termine tudo porque isso não vai dar certo"!

De alguma forma, esse relacionamento que não vingou ou ficou no passado com marcas suficientes para prejudicar o presente, continua latente e cutucando ali no fundinho. E as opiniões continuam...seja com um amigo que tem dificuldades com a namorada por não terem o mesmo objetivo de trabalho ou um noivado que não está dando certo pela diferença dos envolvidos quanto à moradia ou mesmo um casal que discute pela quantidade de filhos que terão ou não. Todos esses são motivos o suficiente para alimentar a fome desesperada do desanimador de relacionamentos, dizendo onde os pontos não darão. 

Porém, como diz o ditado, a corda arrebenta do lado mais fraco. Por esse motivo que o desanimador acaba sendo o vilão da história, pois, entra no momento que o "circo pega fogo", mas não participa dos poréns, entretantos e todavias, porque é ai que são elas. No final, tudo acaba bem, pois todos se entendem e as coisas acabam entrando nos eixos e o desanimador...ele será o prejudicado, porque é o lado fraco. Se parar pra pensar em quantos desanimadores ja cruzaram seu caminho...o que conclui? Muitos? Poucos? No que acrescentaram? 

Eu defendo o lado dos desanimadores. Não só porque me vejo como uma, mas acredito que de alguma forma essas pessoas existem para fazer os individuos enxergarem-se uns aos outros e dar clareza ao relacionamento. Já vi situações em que o "conselheiro amoroso" conseguiu dar um certa dependência na vida de um casal que se viu sem chances de continuar diante de tantas questões e resolveram seguir suas vidas somente como grandes amigos. Isso, entretanto, não faz com que ele não seja uma pessoa que acredita no amor ou não queira relacionar-se. Acredito que o que mais vê é amor e aonde já não há mais, perda de tempo. Quem está de fora consegue enxergar melhor uma relação condenada, não é tão difícil assim.   

Não sei se um desanimador para pra pensar em quantos relacionamentos e pessoas que conheceu na vida mudaram tudo, foram desencorajados ou quantos amores poderiam ter sido ou foram perdidos por sua causa. Se um dia ele chegar nesse âmago, vai perceber que o mais importante não é saber o que aconteceu com esses indivíduos, mas dentro de si. Quando o desejo de tocar a vida em frente, de se erguer e viver um amor de perder a cabeça novamente deu espaço ao que chamamos de buraco negro interno, onde tudo que entra se perde e nunca mais se encontra. 

O desanimador, na minha opinião, sempre vai ter uma função, caso contrário ele não seria tantas vezes procurado pelas mesmas pessoas. E pode ser que um dia ele seja desanimado, mas até lá, o posto dele está garantido para adoçar, apimentar ou deslocar pessoas de seus relacionamentos.

E você! É um desanimador ou já foi desanimado?

terça-feira, 26 de junho de 2012

Quem não gosta de drama?

Não sei quantas milhares de mulheres sonham uma história de amor maravilhosa com flores e pedido de casamento no aeroporto ou declarações de amor embaixo da sacada. Nem só de amor se faz a vida, mas também de drama! Certa vez ouvi dizer que gostamos mais do drama do que dos relacionamentos. Que imploramos por momentos de choradeira e reconciliação com noites de amor infinitas. 
Para eu estar descrevendo todos esses pensamentos é que eles, de fato, existem, já passaram e passam diariamente pela cabeça de muitas mulheres. Aliás, não só delas. Pela convivência com alguns amigos homossexuais, percebo que eles tem uma sensibilidade incrível para o romance, bem como para o drama. E o que chamamos de drama engloba toda essa paixão de enlouquecer embaixo do cobertor e chorar semanas e ele consegue se fazer mais presente na vida das pessoas do que o amor. 

Algumas pessoas podem até dizer que não sofrem por isso, porém, não se sabe ainda se existe uma diferenciação entre pessoas "fortes" ou "fracas" quando falamos de drama. Pelo menos a maioria que conheço tem uma recaída por determinadas situações. No geral, nenhuma pode negar não sentir aquela pontinha de ciúmes dos filmes batidos, os quais Hollywood fatura milhões de bilheteria. Pode ser a história da Amanda Peet com o Ashton Kutcher em “De repente é amor” ou os contos infindáveis de  Bridget Jones com Marck Darcy em seu diário (filme, inclusive, que tem duas partes!). Esses dias mesmo fui pega de surpresa enquanto comprava DVDs (sim, ainda não tenho Blue-Ray), três filmes pelo preço de um: Querido John, Antes que termine o dia e Diário de uma paixão. Isso é uma overdose… 

"De repente é amor" com Amanda Peet e Ashton Kutcher


Inclusive, isso me faz lembrar uma coluna do Ivan Martins, editor-executivo da revista Época que escreve sobre relacionamentos às quartas-feiras, em que ele fala haver um tráfico em torno do amor, em que as pessoas são dependentes a todo momento. Sim, o amor é mesmo uma droga! Vicia e prende, mas precisamos dele, sempre. E o drama acompanha tudo isso…ele vem no pacote, como um site de compras gratuitas: “Adquira amor e ganhe drama”. E esse valor, podemos esperar que ele seja alto, assim como um adicto gasta todo o seu dinheiro em drogas, voce pagará para consumir isso. Porque, no geral, o que toda mulher e românticos afins querem é usar e viver isso, pois não há barreiras, está em todos os lugares, livre para ser consumido. 

Exemplo banal são as prateleiras de comédia romântica nas locadoras. Todas estão sempre com a etiqueta de “locado” e ainda há quem faça a reserva de um filme que chegará somente no próximo final de semana. Sem contar os compartilhamentos de mensagens de amor e eternamente felizes em redes sociais e afins. Só para se ter uma ideia da quantidade de drama digital que é produzida, só em 2011, foram lançados cerca de 12 filmes só de comédia romântica. Eu mesma fiz essa pesquisa lembrando os filmes que assisti no ano passado. Uma coisa é fato: se não houvesse usuários, nao existiriam drogas. Assim como não haveriam tantos filmes se não tivessem tantos telespectadores. 

Marck Darcy e Bridget Jones 

A conclusão que podemos tirar disso tudo é que o drama é uma invenção barata pra fazer as pessoas acreditarem que um dia o amor vai acontecer como nos filmes e contos de fadas: perfeito, sem dificuldades e com final feliz. Porém, o que não sabemos é o depois. O que acontece depois que Rapunzel é resgatada da torre ou quando a Bela Adormecida acorda do seu longo sono? O que ocorre com essas e outras histórias que nos lembramos tanto da infância. Que inclusive, é onde toda a problemática começa. Este é o período em que acreditamos que os contos serão reais, que existe príncipe encantado e, assim, somos fragilizadas como seres "cor de rosa" que não podem além do que amar e respeitar. A co-dependencia para com o ser masculino já é explícita sob o comando do pai que passará, no futuro, o "poder" para o marido. 

Cena do filme "Meu primeiro amor" 

Com a ascenção da mulher no mercado de trabalho, as coisas tomam novas formas, ficam mais ousadas e o aumento da independência faz com que muitas delas deixem de desejar esses momentos na vida, porque já foram muito além do que precisavam que um príncipe fizesse e já adquiriram o que precisavam em termos de relacionamentos. A solução é ficar só e curtir o que a vaidade tem a oferecer. Talvez esse não seja um quadro muito comum a todas, mas muitas aproveitam com muito bom grado cada momento. 

Outras tantas estão até hoje em busca do príncipe que vive no contos de fadas e talvez nunca aparecerá. Essas mulheres, totalmente dependentes de drama, são as primeiras a declarar guerra às convictas de que esse tipo de fantasia chega até a locadora e fim. Para essa massa de apaixonados, não precisa haver explicação, simplesmente esse fator ja comove, movimenta, resume e esclarece tudo. 
Pensar em ter uma situação semelhante aos dos contos e filmes sustenta e dá forcas o suficiente pra confiar no amanhã e sonhar que algo aconteça. Porque, na verdade, a busca é feita para repetir a fantasia e convencer o então ou futuro parceiro de que essa é a forma correta de levar um relacionamento. 

O drama é tão ou mais importante que o amor, porque é neles que muitos apoiam seus sonhos e fantasias sem precisar pagar, talvez só a conta da locadora. A indústria continuará enquanto houver consumidores. E você! Também é um dependente de drama?


Agradeço a participação da minha amiga Amanda de Oliveira Vicente no texto. Obrigada, amiga. Suas dicas foram preciosas! :) 

terça-feira, 19 de junho de 2012

Cerejeiras japonesas

A futilidade do mundo ainda vai enlouquecer as mulheres inteligentes

Desde crianca eu aprendi que uma pessoa inteligente chega aonde quer. Aos meus 25 anos, percebi que isso pode ter um fundo de verdade. Porém, pelo menos no Brasil, o valor das pessoas esta na beleza, no corpo físico. Em muitos momentos, a pessoa mais bonita é a que se sai melhor, que finge estar entendendo as situacoes e garantem bons empregos, boas impressoes. 

Por alguns momentos na vida talvez pensamos em comer um pedaco dessa torta e ficar em meio à mais da metade da populacao, experimentando tudo o que o corpo físico pode oferecer. Mas geralmente, as pessoas que optam pela nao futilidade, se assim podemos chamar, acredita que essa seja uma reflexao passageira, pois apesar de por um lado visualizarmos o desejo e a luxúria, também vemos a superficialidade. De certo as pessoas que já fizeram isso tentaram manter o seu nível, mas sem sucesso, pois a inteligencia também intima e caminha junto à chatisse, segundo alguns bonitos e gostosos. Muitas vezes, essa é a hora de dissimular o conhecimento e parecer ignorante. Minha visao é a de que, conforme o mundo cresce a mente permanece pequena e sem criatividade, do mesmo tamanho em que foi criada e logo estagnou, o corpo é eternizado e aumentado nas academias, centros de esporte e até de ponta cabeca em um poledance

Claro que muitas regras tem excecao e quem consegue unir o útil e o agradável ganha o mundo: uma cabeca magnífica e um corpo escandalosamente perfeito. Eu, por exemplo, conheco mulheres lindas, gostosas, decididas e inteligentes, mas essas consigo contar nos dedos. Instintivamente falando, esse lance de corpo é muito mais do que nossa sociedade pode prever, é uma coisa antiga. Já mostram as pesquisas que vivemos muito mais tempo na pré-história do que na civilizacao. Imagino que o homem também escolhia a femea pelos atributos físicos, já que precisava de uma parideira forte e que conseguisse dar a luz, carregar e amamentar seus filhos. Hoje em dia, o homem busca uma ignorante para suprir seu desejo de dominio, além de um corpo e um rostinho bonito para se servir e apresentar para os outros machos da matilha. 

Quando comecei a pensar em corpo x inteligencia, me lembrei que no início do mes de maio estive em um jardim lindo em Schwetzingen, aqui na Alemanha, o qual sua maior atratividade sao as cerejeiras japonesas. Famosas pela sua fulgacidade, essas flores aparecem somente uma vez no ano e duram cerca de cinco dias. A representacao das cerejeiras japonesas é a da beleza efemera e assim como elas, a beleza, mesmo sendo singular, nao possui garantia alguma, um dia vai passar. A pele, assim como os seios e todo o resto do corpo, caem, mudam de figura, aspecto e até cor. Aquele rosado lindo e brilhante, se torna um cinza palido, sem vida. A velhice chega um dia e mesmo que considerada como um fator negativo, principalmente para as mulheres, representa a vivencia, experiencia de vida e enfrentar essa fase é a melhor coisa, acredito eu.


Cerejeiras japonesas em Schwetzinger Schloss, Alemanha

O fato é que a futilidade e a falta de sede pela informacao esta crescendo no mundo. Isso nao quer dizer que voce precisa se enfiar em livros, dicionários, falar difícil ou ler jornais diariamente, mas precisa entender o que diz com propriedade e saber o básico que lhe é ensinado na escola, por exemplo. Eu, particularmente, nao sei ate quando essa bola de neve arrastará tudo o que vê pela frente. Uma certeza eu tenho...essas mulheres lindas, com corpo perfeito e sem um pingo de inteligencia que passam nesses programas que a populacao adora assistir. Aaaah, essas podem ser meio burrinhas, mas sabem como se aproveitar do corpo. Elas, com certeza, ganham mais dinheiro do que um dia eu, com um conhecimento bacaninha de tudo que tenho, conseguirei. 

Num futuro bem proximo talvez eu consiga emagrecer sem me matar na academia, sair na rua sem me preocupar com um quilinho a mais e, posso até tirar uma ruguinha aqui e ali, mas a vivencia de hoje e do amanha é insubstituivel e aproveitar isso é sensacional.