domingo, 20 de janeiro de 2013

Morena solitária procura...

Muitos riem antes de preencher dados do tipo: "o que está procurando?", "qual o seu perfil ideal?"... mas o que leva uma pessoa a se cadastrar num site de relacionamentos?

Fiz o teste! É, aquele velho teste básico, em que a gente entra, vê se existe uma possibilidade e se depara com uma verdade: tem mais gente decente numa rede de namoros do que na vida real! Será isso possível? Será que atingimos a plenitude da ignorância em tentar, ao invés do tête-à-tête  nos aproximar pela internet?

O algo inatingível num ser humano pode ser classificado, compreendendo o caráter, os gostos, as preferências. Muito se diz em uma dessas redes, pouco se expressa. As fotos significam mais ainda, talvez não exista o conhecer, mas o cantinho da tela dá a opção do "sorria para fulano", "curta o perfil de cicrano".

Confesso que acho a experiência tentadora, supreendente, principalmente por constatar que os melhores "currículos" podem ser encontrados em um site como esse. Não me impressiona que algum head hunter um dia se cadastre só para desfrutar do grande hall de profissionais em espaço aberto, ou melhor, fechado, com senha de acesso e login do perfil.

Ok, talvez eu esteja sendo muito pessimista quando eu digo que talvez as chances de conhecer alguém ao vivo e em cores esteja dizimada, mas (Hellooo!!!) o mundo digital se mostra grandioso, com sua "venda" magnífica. Pares feitos, perfeitos, um para ele e outro para ela. Me diga se não é uma feira de tentações! Quero três desses e mais dois daqueles, com direito à jantar fora, se gostar da minha foto! E se gostar de Paris, desprezar Veneza e achar que Praga é o lugar mais lindo do mundo, podemos marcar o casamento, e a igreja é logo ali.

E assim caminha a humanidade...e se eu já acho que o mundo fora do digital não está tão interessante como em outrora, por que os zilhões de humanos que aqui vivem, também carentes, estariam? 

É de se questionar a causa, motivo, razão, circunstância, para alguém entrar nessa, mas eu também me perguntei quando resolvi fazer o teste. E não sou de se jogar fora! Talvez a gente só espere uma coisa do mundo virtual, que não temos no real, ser amados e compreendidos da forma que somos, de verdade.

Aproveitei o post para expor o trabalho da designer Thais Aragao, que diz muito sobre a procura...









E para quem gosta de filmes, Diane Lane trabalha muito bem em "Procura-se um amor que goste de cachorro". Estrelado, também, por John Cusak, a divertida comédia romântica fala sobre como, depois de uma série de relacionamentos desastrosos, uma professora do jardim de infância descobre o amor, após colocar um anúncio na internet procurando um namorado. Vale a pena conferir! 




2 comentários:

  1. A magia romântica do amor dissolveu se na velocidade da vida dinâmica em que vivemos na vertiginosa era da alta tecnologia. Por temermos a proximidade com o outro, preferimos então abrir mão das relações amorosas concretas para adentrarmos na dimensão das relações virtuais. Conforme os dizeres de Zygmunt Bauman (em Amor Liquido) “ e preciso diluir as relações para que possamos consumir las.”

    O mundo virtual, que deveria proporcionar a aproximação entre os indivíduos, acaba então motivando ainda mais a ruptura interpessoal!
    O relacionamento de bolso, porque uma hora que não nos convêm mais, é so excluir!

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  2. Eu acredito que o mundo digital deve ser usado para aproximar as pessoas e facilitar o contato entre as pessoas, mas nunca ser o principal meio de relacionamento entre as pessoas.
    Pessoas que o fazem tendem a se acomodar e acostumar a esse tipo de relacionamento, ao meu ver, superficial e impessoal.

    O problema do mundo digital é que as pessoas "se vendem" por algo que não são, e depois, no mundo real, frustram e são frustradas, pagando o preço da perfeição digital.

    O negócio, é que mais uma vez, o problema está nas pessoas que se acomodam, querem sempre o mais fácil e mais acessível, e adoram botar a culpa no mundo e em outras pessoas. Não assumem a culpa, tampouco a responsabilidade de seus atos. Não buscam seu amor próprio nem desenvolvem sua autoestima, autoafirmação!

    Hoje em dia todo mundo é muito carente, carente de si, só olham de dentro pra fora e não de fora pra dentro. Quem não consegue ao menos sentir-se bem sozinho, muito menos sentirá com alguém ao seu lado.

    Por fim, o mundo digital está pra ajudar, o problema é que a tecnologia escraviza o homem ao invés de ser o contrário, e o homem se beneficiar da tecnologia! A culpa é sempre nossa!

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Estou avaliando sua postagem...obrigada por comentar! :)