domingo, 29 de setembro de 2013

A vida plena após os 30

Já faz alguns anos que observo o comportamento humano com o passar da idade. Sempre fui muito ligada ao que diz respeito à família, relacionamentos e filhos. 

Na verdade, de uns tempos pra cá tenho feito uma pesquisa com cerca de 15 pessoas, casadas e solteiras, sobre a idade perfeita para se sentir (e estar) realizado em todas as àreas e a conclusão foi que só é possível alinhar todos esses fatores após os 30 anos de idade. 


 30 pode ser seu número de sorte :)

Não, não fiquei louca. Fui à campo, fiz pesquisa, entrevistei casais e solteiros que já passaram por esta idade. Dos individuos respondentes, percebi um amadurecimento quanto ao momento certo para ter filhos, qual o tipo de mulher ou homem que quer pra vida, como decidiu pelo emprego, se está feliz na vida professional e pessoal etc. 

Com as mulheres, encontrei uma coisa mais sólida no que diz respeito a decisão de ter filhos, exatamente porque é nessa idade, que elas se sentem mais preparadas, muitas vezes realizadas profissionalmente e prontas para assumirem a maternidade. Uma tendência no sexo feminino, que percebi, foi que elas se preocupam com o tipo de pai que seu prole terá, inclusive, decidem por esse ou aquele por causa, ou do poder financeiro ou algumas condutas como filho e marido.
A vida familiar é mais consistente após os 30
Para as mulheres, na parte sentimental, Balzac descobriu a fórmula desde os meados de 1830: após os trinta as mulheres estão amadurecidas emocionalmente e podem viver o amor com plenitude. Minha percepção também me levou a avaliar que nesta idade os homens também estão mais aptos para sentimentos e menos físico; estão menos interessados em corpos esculturais e sim estruturas fortes que permitam dar à luz ao filho que virá ao mundo. 

Como percebi isso? A maioria que entrevistei, as mulheres são gordinhas. Talvez isso não seja um indício muito acertivo, mas certo momento estudei que os homens na pré-história escolhiam suas fêmeas pelo porte físico e as que não aparentavam fragilidade física eram as escolhidas. Por termos vivido muito mais tempo nesta era do que em sociedade, acredito que essa conclusão tem fundamentos. 

É possível chegar aos 30 realizado profissionalmente
Obviamente alguns casados ou solteiros não chegarão aos 30 e dirão: estou onde sempre quis. Tem pessoas com ritmo e necessidades diferentes. Alguns casaram cedo e estão se preparando para realizar as coisas, outros estão se separando. Enfim, muitas situações diversas. Mas eu acredito fielmente nas decisões importantes após os 30. Tanto homens quanto mulheres estão realizados na vida pessoal e professional e sabem o que procuram.

As pessoas se planejam para os 30. Tenho muitos amigos que dizem: "Até os 30 quero comprar um apê", ou "Quero me tornar gerente da minha área até os 30", ou ainda "Vou fazer intercâmbio antes dos 30 e depois engravidar". E muitos são os planos e as possibilidades antes desta idade.

Ainda faltam alguns anos para chegar aos 30 e me tornar uma balzaquiana. Com certeza os planos são de viver emocional e profissionalmente bem, mas ainda que eu não consiga esta plenitude é possível equilibrar as partes para viver o suficientemente bem e não perder a vontade de ter a vida completa.

E voce, quanto tempo falta para chegar aos 30?

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

As gaiolas que nos prendem

Eu não tenho amigas que tenham passado por situação parecida, muito menos amigos. A gaiola que tinha um passarinho preso foi situação que eu mesma passei. 

O que me fez escrever sobre o assunto foi pensar sobre a quantidade de gaiolas que nos prendemos e nos deixamos prender para viver um relacionamento ou quantos passarinhos veremos dentro dessas grades e queremos libertar. A libertação pode ou não dar certo e isso é questão de tempo e coragem.

Sempre tive em mente que a liberdade deve ser uma coisa nossa, particular, sem negociação. Mas as pessoas se prendem, perdem o equilíbrio, vivem a vida do outro e sonham com o lado de fora. 
- "Quem foi que te prendeu ai?" - eu poderia perguntar...ou talvez devesse questionar - "Por que se deixou prender ai"? 

São questões diferentes, talvez sem resposta. Virar prenda de alguém é só uma questão de tempo, de limites mal impostos, de falta de oportunidade para impor seu individualismo, ou mesmo acreditar que o amor quer dizer prisão.

O bom da vida é ser livre, sair das gaiolas que nos prendem

Quem tem um passarinho na gaiola, jamais abrirá mão dele, mesmo que seu canto seja triste e cheio de lamúrias. Infelizmente o ser humano é egoísta e 'ter um na mão vale mais do que dois voando', não é só um ditado popular. Prender virou sinônimo de amar, querer bem, ou: "eu te amo, logo te prendo". 

Porém, como todo passarinho queremos atingir o alto, voar pra longe, bater asas para onde o vento faz a curva e ver as pessoas ficarem pequeninas lá de cima. 
Diante da situação que passei com esse passarinho, o qual gosto e estimo muito, hoje vejo que tenho mesmo muitas asas, como ele mesmo dizia. Isso porque ver a terra de cima, respirar aliviada por saber que as escolhas que fiz foram as que não me prenderam, ao contrário, me libertaram, não tem preço. 

Voar alto é só uma questão de escolha. Faça a sua e seja feliz!

Certa vez li uma frase de Mahatma Gandhi que dizia: "A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência". 

De que forma você se vê? Preso? Liberto? Como anda sua consciência quanto à sua liberdade? Quantas gaiolas te prendem?

Se conseguir responder pra si uma dessas questões, com certeza encontrará soluções para seus problemas, dentro e fora da gaiola que se vê. A vida é feita de escolhas e resgatar sua liberdade - o bem maior que você tem, após sua própria vida - é imensurável.