sexta-feira, 3 de outubro de 2014

E Se...

Dia desses saí com uma amiga para colocar a fofoca em dia. Papo vai, papo vem, ela disse que tinha conhecido um rapaz no Tinder, que era outra tentativa de tentar arranjar alguém.  minha opinião sobre o assunto Tinder você pode conferir aqui  
Depois de muito explicar como o tinha conhecido, disse que o cara não tinha papo e que o bloquearia dos contatos. Eu rebati: "E se ele for o homem da sua vida?". O olhar suspeito queria me dizer alguma coisa...fiquei imaginando se aquilo seria um palavrão daqueles bem pesados ou um "talvez você tenha razão". Para não ficar entre a primeira e segunda opção, mudei de assunto. Porém, a resposta veio na sequência, em forma de pergunta: "Por que as pessoas sempre trabalham nas possibilidades?", seguido de ... "Será que terei que sair até mesmo com quem não acho legal, inteligente e interessante para tentar arranjar alguém? Tenho que me contentar com a falta de opção para não ter que ficar sozinha?"

Eu não soube o que responder e nem sei. Fiquei "sem palavras" "spechless" "sprachlos"! Não costumo lidar desta forma, mas o questionamento dela foi comigo para casa. Na verdade, opinar na condição alheia, querendo ou não, SEMPRE faz com que você se envolva. Eu tento entender, desmembrar, abro a cabeça. 
A conclusão que cheguei foi que não se trata de acharmos que a pessoa não tem opção e tem que aceitar o que lhe é jogado, mas utilizamos muito isso quando se tem ou para dar esperanças para quem tem medo de se machucar, medo de ser infeliz. Confesso que eu sempre tive pesadelos com os dias em que eu estarei tão sozinha, totalmente fragilizada e rendida, por não ter ninguém. E tenho certeza isso passa na cabeça da minha amiga e de tantas outras mulheres.

E como será se tivermos que sair com pessoas nada a ver com a gente só para provar que temos quem nos ame? Sinceramente eu acho que se tivermos que nos sujeitar a uma pessoa que julgamos que não nos completa da forma que queremos, podemos adotar as frases que as mamães e vovôs nos falam insistentemente, como "antes só do que mal acompanhada" ou "um dia você achará quem te mereça", porque ninguém acha o que não procura. Faz parte da lei da atração do universo. Só acho...




As leis do universo são claras: Você atrai o que trasmite. Dê um tempo para surtir efeitos.Você só não achou o que está procurando...

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Dias de equívoco

Não existia intenção, o que você viveu foi apenas uma má interpretação


Sem nenhum motivo especial eu resolvi assistir novamente "500 dias com ela" (500 days of Summer). Diferente da primeira vez, desta eu percebi que não havia nada demais entra ela e o Tom. Ok, você pode estar pensando que eu sou uma desvairada, porque AQUILO foi real. Mas cara...não foi, pelo menos não para ela. Eu fui e voltei em várias partes do filme, analisei profundamente (perdi um tempo danado!), mas vi só falta de discernimento e cegueira.

Aposto que quem já viu o filme já sentiu ou ainda reserva um sentimento de muita raiva pela Summer. Porém, atire a primeira pedra quem nunca fez isso? Quem nunca nem sequer soube que estava iludindo alguém e depois quando quis sair fora a pessoa tinha entendido errado? 


Eu não quero entrar no mérito de quem foi o errado, porque é quase como tentar descobrir "quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?", mas prefiro acreditar que a verdade é diferente para cada pessoa. Pode ser por um momento que a pessoa julga curtição ou uma questão "cultural". Hoje em dia não está fácil de entender o que as pessoas sentem. Num mundo passageiro em que as relações são totalmente superficiais e espontâneas até demais, não conseguimos analisar profundamente ninguém, não conseguimos sair sem beijo, abraço, quiça sem um envolvimento mais profundo. A nossa vida mudou, exigimos uma posição e não a mantemos. Se por um lado precisamos de atenção, de carinho, por outro queremos liberdade, almejamos decidir sozinhos as coisas. Vivemos em um paradoxo infinito, se satisfação, porém. Isso é produto deste novo mundo!
 
O fato é que todo mundo já interpretou mal ou foi mal interpretado. Vivemos em uma realidade que está passível que isto ocorra a todo momento. Isso não quer dizer que tenhamos que viver como o Tom, acreditando em um relacionamento que não aconteceu e nem irá acontecer, mas temos que ter a esperança e discernimento para interpretar esses dias de equívocos, momentos que vivemos que podem ser fruto da nossa cabeça, fruto de uma má interpretação. Porque ele analisa de fora, sempre acha que é, para elas ou para eles, depende de quem vê. 



Para quem tem interesse, dá uma olhada no trailer: https://www.youtube.com/watch?v=kGDKvLaFpD4
Se não souber baixar, eis o link para assistir online: http://megafilmeshd.net/500-dias-com-ela/


Um dia você poderá ser mal interpretado ou interpretar mal. Todo mundo um dia vai se machucar

sábado, 9 de agosto de 2014

Quem pertence à família de quem?

Para aqueles que acham que ocupam o lugar errado em uma família

Eu nasci em uma família, fui criada por outra e por fim faço parte da que estou hoje. Muita coisa mudou. Valores, cultura, situações. Ninguém escolheu - pelo menos não enquanto estava na infância - estar no lugar que ocupa atualmente. Porém, muitos não desejariam estar em um lugar diferente.

Muitas vezes me questionei por que tinha tantos irmãos, uma família tão grande e barulhenta e nunca entendi nada, só aceitei, porque é assim que a gente descomplica a vida...aceitando as coisas e a vida como ela é. Foi muito difícil viver esses 27 anos nessa família patchwork, em que ter muitos primos, tios e parentes é uma coisa normal. 
Incluo a isso, ouvir muitas pessoas perguntando: "...Peraí, não entendi...então sua mãe e seu padrasto não tiveram nenhum filho e vocês são em cinco? Como lidaram com tanta criança?". A resposta eu não sei...talvez eu nem queira saber, entender. É isso e ponto. A gente tem que aprender com as situações, CRESCER com o que a vida nos traz e mostra. Deixar para trás nossa exclusividade. A vida está aí, está na hora de CRESCER, aceitar!
E vou te dizer, adoro essa mistura. Me empolgo com as diferenças que nos une, entendo as limitações e até os medos. Somos diferentes, somos humanos, mas somos, acima de tudo, família! 

Outro dia assisti o filme infantil da Disney, "Lilo e Stitch" e ouvi uma frase bem legal, que me reflete muito: "Esta é a minha família. Eu a encontrei, sozinho. É pequena, é quebrada, mas ainda assim é boa. Sim, é boa"! 
E como o próprio personagem do filme diz, "Ohana significa família. Família significa nunca abandonar ou esquecer".  
Vou deixar aqui uma música que já ouvi muito enquanto estava tentando entender meu lugar - ao invés de aceitar - "Pais e Filhos" do Legião <3




"Eu moro com a minha mãe
Mas meu pai vem me visitar
Eu moro na rua, não tenho ninguém
Eu moro em qualquer lugar
Já morei em tanta casa
Que nem me lembro mais
Eu moro com os meus pais
É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar
Na verdade não há"

domingo, 15 de junho de 2014

Independência sentimental

No final, sempre seremos dependentes das escolhas do outro


A palavra independência me instiga muito. Talvez eu nunca a vi, nunca a senti, mas acredito fielmente que isso está presente a todo momento em minhas escolhas. Ser independente não é mais uma questão de ser, mas de acontecer. 
Nos últimos dias tenho pensado muito sobre a independência sentimental. Sabe aquela que você acredita que esteja sendo só sua mesmo estando com outra pessoa? Pois bem, estou descobrindo que ela não pode mais ser individualizada.

Em um relacionamento entre pessoas - estou falando de contato afetivo amoroso -, existem algumas questões que afastam, quase que totalmente, o comando que você tem sobre os sentimentos e se você estiver com alguém, eles podem impactar totalmente em suas decisões. É neste momento que a independência desfalece e você percebe que depende muito mais do que o outro está sentindo do que de si mesmo. Talvez por uma questão empática humana.

A gente percebe que espera o tempo todo pela decisão do outro

Fato é que nesse tempo avaliando tudo o que se vive e com quem se vive, você percebe que ninguém é independente dos seus próprios sentimentos, ninguém sente sozinho e não adianta criar barreiras intransponíveis. As pessoas só tentam camuflar a vontade que tem de ser donas de suas próprias verdades.

Conheço milhares de casos como esses, de homens, mulheres. Todos que disseram ser capazes de se envolver de menos, de 'cuidar' de seus sentimentos, acabaram dando com a língua entre os dentes e se sujeitaram a aceitar a vontade do outro. Isso porque, o sentimento não é independente, não é só seu, e é, no mínimo, curioso achar que sente sozinho.

Talvez com o tempo as pessoas comecem a perceber isso, e eu ainda fique pensando em como podemos separar o que nos prende e o que nos desata, mas por enquanto isso não vai passar de uma questão cultural e individual de cada um.   

"...Está tudo bem agora, espere por mim..."


domingo, 27 de abril de 2014

O que eu devo saber sobre o Tinder?


O Tinder, afinal, é um aplicativo de aparências. Com mais de um ano de vida, sendo nove na versão em português e considerado um dos apps mais baixados no País - somos o 5º no mundo -funciona da seguinte forma: gostei, dei um like e vamos torcer para que o próprio programa nos combine, o chamado "matching". 

Tem quem diga que as escolhas são como uma roleta russa. No 'zapear' dos possíveis parceiros as intenções variam de diversão sexual à busca pela metade que te falta. 

Já li e ouvi casos de pessoas que se conheceram, se gostaram e por causa do aplicativo começaram a namorar. Eu não duvido! O Tinder é um ótimo local de troca de experiências, ter oportunidade de errar e acertar e também a possibilidade de encontrar alguém legal.
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"Não desejo encontrar alguém que me complete, é pouco, mas que me transborde, até o final cansar e ser só início" (Fabrício Carpinejar)
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No entanto, não há outra chance de se conhecer senão por meio do cara a cara. Você terá a oportunidade de olhar nos olhos, sentir a presença, confiar ou não sentir absolutamente nada. Nestes casos, você volta a estaca inicial e começa a selecionar novamente quem te agrada. É um jogo divertido, talvez você use, seja usado ou simplesmente conheça sem compromisso.

O bom do Tinder é que você, apesar de estar ali participando de tudo, você também está omisso. Transparência vai ser uma escolha e falar tudo o que e espera é desapegar-se dos próprios princípios de sigilosidade. Por que, afinal, quem vai contar tudo de cara, não é mesmo? O segredo que mantemos muitas vezes nos blindam para as alegrias ou decepções futuras.
Você tem escolhas, pode errar e acertar. Se não rolar, espere o próximo "matching"

O teste que com o Tinder fiz foi muito proveitoso. Você conhece pessoas interessantes, com vidas interessantes e acaba percebendo que tem muito mais gente próxima do que se imagina. E se não curtiu, não gostou do outro ou como se expressou: bloquear é fácil, então a gente deixa quieto, segue a vida assim, como se nunca tivesse se conhecido.

Quer baixar o Tinder? Faça! Seja conquistador (a), se entregue, e se tiver que ser - para qualquer uma das alternativas sexuais ou sentimentais -, será!