domingo, 29 de setembro de 2013

A vida plena após os 30

Já faz alguns anos que observo o comportamento humano com o passar da idade. Sempre fui muito ligada ao que diz respeito à família, relacionamentos e filhos. 

Na verdade, de uns tempos pra cá tenho feito uma pesquisa com cerca de 15 pessoas, casadas e solteiras, sobre a idade perfeita para se sentir (e estar) realizado em todas as àreas e a conclusão foi que só é possível alinhar todos esses fatores após os 30 anos de idade. 


 30 pode ser seu número de sorte :)

Não, não fiquei louca. Fui à campo, fiz pesquisa, entrevistei casais e solteiros que já passaram por esta idade. Dos individuos respondentes, percebi um amadurecimento quanto ao momento certo para ter filhos, qual o tipo de mulher ou homem que quer pra vida, como decidiu pelo emprego, se está feliz na vida professional e pessoal etc. 

Com as mulheres, encontrei uma coisa mais sólida no que diz respeito a decisão de ter filhos, exatamente porque é nessa idade, que elas se sentem mais preparadas, muitas vezes realizadas profissionalmente e prontas para assumirem a maternidade. Uma tendência no sexo feminino, que percebi, foi que elas se preocupam com o tipo de pai que seu prole terá, inclusive, decidem por esse ou aquele por causa, ou do poder financeiro ou algumas condutas como filho e marido.
A vida familiar é mais consistente após os 30
Para as mulheres, na parte sentimental, Balzac descobriu a fórmula desde os meados de 1830: após os trinta as mulheres estão amadurecidas emocionalmente e podem viver o amor com plenitude. Minha percepção também me levou a avaliar que nesta idade os homens também estão mais aptos para sentimentos e menos físico; estão menos interessados em corpos esculturais e sim estruturas fortes que permitam dar à luz ao filho que virá ao mundo. 

Como percebi isso? A maioria que entrevistei, as mulheres são gordinhas. Talvez isso não seja um indício muito acertivo, mas certo momento estudei que os homens na pré-história escolhiam suas fêmeas pelo porte físico e as que não aparentavam fragilidade física eram as escolhidas. Por termos vivido muito mais tempo nesta era do que em sociedade, acredito que essa conclusão tem fundamentos. 

É possível chegar aos 30 realizado profissionalmente
Obviamente alguns casados ou solteiros não chegarão aos 30 e dirão: estou onde sempre quis. Tem pessoas com ritmo e necessidades diferentes. Alguns casaram cedo e estão se preparando para realizar as coisas, outros estão se separando. Enfim, muitas situações diversas. Mas eu acredito fielmente nas decisões importantes após os 30. Tanto homens quanto mulheres estão realizados na vida pessoal e professional e sabem o que procuram.

As pessoas se planejam para os 30. Tenho muitos amigos que dizem: "Até os 30 quero comprar um apê", ou "Quero me tornar gerente da minha área até os 30", ou ainda "Vou fazer intercâmbio antes dos 30 e depois engravidar". E muitos são os planos e as possibilidades antes desta idade.

Ainda faltam alguns anos para chegar aos 30 e me tornar uma balzaquiana. Com certeza os planos são de viver emocional e profissionalmente bem, mas ainda que eu não consiga esta plenitude é possível equilibrar as partes para viver o suficientemente bem e não perder a vontade de ter a vida completa.

E voce, quanto tempo falta para chegar aos 30?

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

As gaiolas que nos prendem

Eu não tenho amigas que tenham passado por situação parecida, muito menos amigos. A gaiola que tinha um passarinho preso foi situação que eu mesma passei. 

O que me fez escrever sobre o assunto foi pensar sobre a quantidade de gaiolas que nos prendemos e nos deixamos prender para viver um relacionamento ou quantos passarinhos veremos dentro dessas grades e queremos libertar. A libertação pode ou não dar certo e isso é questão de tempo e coragem.

Sempre tive em mente que a liberdade deve ser uma coisa nossa, particular, sem negociação. Mas as pessoas se prendem, perdem o equilíbrio, vivem a vida do outro e sonham com o lado de fora. 
- "Quem foi que te prendeu ai?" - eu poderia perguntar...ou talvez devesse questionar - "Por que se deixou prender ai"? 

São questões diferentes, talvez sem resposta. Virar prenda de alguém é só uma questão de tempo, de limites mal impostos, de falta de oportunidade para impor seu individualismo, ou mesmo acreditar que o amor quer dizer prisão.

O bom da vida é ser livre, sair das gaiolas que nos prendem

Quem tem um passarinho na gaiola, jamais abrirá mão dele, mesmo que seu canto seja triste e cheio de lamúrias. Infelizmente o ser humano é egoísta e 'ter um na mão vale mais do que dois voando', não é só um ditado popular. Prender virou sinônimo de amar, querer bem, ou: "eu te amo, logo te prendo". 

Porém, como todo passarinho queremos atingir o alto, voar pra longe, bater asas para onde o vento faz a curva e ver as pessoas ficarem pequeninas lá de cima. 
Diante da situação que passei com esse passarinho, o qual gosto e estimo muito, hoje vejo que tenho mesmo muitas asas, como ele mesmo dizia. Isso porque ver a terra de cima, respirar aliviada por saber que as escolhas que fiz foram as que não me prenderam, ao contrário, me libertaram, não tem preço. 

Voar alto é só uma questão de escolha. Faça a sua e seja feliz!

Certa vez li uma frase de Mahatma Gandhi que dizia: "A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência". 

De que forma você se vê? Preso? Liberto? Como anda sua consciência quanto à sua liberdade? Quantas gaiolas te prendem?

Se conseguir responder pra si uma dessas questões, com certeza encontrará soluções para seus problemas, dentro e fora da gaiola que se vê. A vida é feita de escolhas e resgatar sua liberdade - o bem maior que você tem, após sua própria vida - é imensurável.





sábado, 31 de agosto de 2013

Eu tento ser tudo...exceto humano

Não, não fui eu, nem ninguém que falou isso. Na verdade, eu senti e resisti em dar uma lição de moral, devido ao respeito pela idade, circunstâncias mil, etc. Não é a primeira vez que eu vejo alguém culpando as suas próprias escolhas, como se elas fossem mudar diante de tanta indignação, usando o termo: "eu preciso ser tudo aqui, sabe?". Quando eu abordo a questão humano, nao quero presumir um extraordinário corpo físico ou um esqueleto de estudo anatômico, mas a pessoa humana que ri, ajuda, ama e cuida. O ser humano que tem empatia, goza de alegrias e não se sente reprimido por um mau dia no trabalho.

Infelizmente, eu ja fui assim. Mau humor, cansaço repetitivo e, principalmente, a vítima. Sim, a vitíma do mundo: "só eu trabalho, ainda tenho plantões, não tenho diversão...". Mas o problema é que todos, e quando eu digo todos, são TODOS mesmo. Todos tem escolhas e desafios. Se sua vida mudou de alguns anos pra cá, paciência, saiba lidar com isso. No entanto, não precisa SEMPRE estar de "ovo virado" com o resto do mundo por causa disso. Sabe aquela coisa de faca suas escolhas e corra seus riscos? Pois é o que eu sempre falo. Se não é capaz de lidar com seu lado humano, não tente por a culpa no próximo, olhe pra dentro do que criou (geralmente um monstro egoísta) e tente reverter a situação, antes que te achem um mala que só pensa em dinheiro e trabalho.

Uma coisa é fato: Nem todos nascem com privilégios simples, como não precisar trabalhar ou chegar cansado todos os dias. Ninguém faz as coisas porque não é preciso, afinal, quem gosta de trabalhar? Talvez um workaholic, mas isso são outros 500... Vejo isso como um jogo de troca e ganha. Você troca seu dia e paciência e ganha uma graninha no final do mês. Certo?

Pelo que percebo, a limitação existe para as pessoas que tentam impor ou mesmo mostrar que são as únicas que fazem as coisas nesse âmbito de trabalho, estudo...finalmente, as ÚNICAS que colocam comida na mesa, como já ouvi inúmeras vezes. Pois penso que este é um dos pensamentos mais primitivos que se pode ter, visto que não há outro meio de ser dono de si ou das situações se não for pelo trabalho e esforço, seja físico ou mental. Fico até pensando nas compensações, como ocorre com alguns: "preciso encher a cara, porque o dia foi de lascar"; "não quero falar com ninguém, porque hoje só eu trabalhei".

Alô? Talvez não agora, mas em poucos meses a minha vida também irá mudar. Talvez eu tenha que trabalhar como uma camela, tendo o valor de um grão de areia, mas terei que saber lidar com as divergências da vida, entre uns que tem tanto e outros nada.

Pra terminar, tudo é lição. Seja ela boa ou ruim. Todos os contras tem os prós e vice e versa. Talvez essa seja a forma que a vida encontrou para mostrar que a evolução é gradativa, mas tem que manter a mente aberta (e culhões) para entendê-la e aceitá-la, juntamente com os desafios, que vem bem coladinhos. No final, você pode ser tudo o que quiser, mas não pode deixar de ser humano.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Ele não tá a fim, mas te quer como janta?

     Não posso, não dá, estou sem tempo. Estas são algumas das desculpas que fez minha amiga chorar por vezes e talvez se sentir melhor depois de uma ligação ou algumas mensagens. Mesmo sendo seu ombro, não pude deixar de analisar o quadro como um todo. A consternação era clara em seu rosto, mas me lembro que não foi a primeira e nem será a última que senta comigo num bate papo no bar ou que me chama pra conversar nos chats da vida. 

     Essa situação toda me fez lembrar que em um post do ano passado, em que falei sobre o cara não estar tão a fim de você. Desta vez a versão mudou, porque ele não só não está a fim, como te quer para a janta. Pois é, pelo jeito você virou sinônimo de comida e não há nada que desfaça esse conceito. 

   Veja bem, primeiro tentei esclarecer pra minha amiga que ela não era a única, isso acontece com muitas de nós. Dói, claro, mas passa, como tudo na vida. Acredito que a pior parte não seja do mocinho sumir, mas não largar o osso é o que machuca mais. Ou seja, ele vai e volta só para dizer que ainda está na sua, mas na verdade não. Pois é, ele pode até estar a fim, mas não de você, mas da possibilidade de comer a carne, e roer o osso. 

A janta só ocorre se você quiser...


   Não olhe pra si com dó, cara leitora! Alguma vez na vida você também fez isso. A impressão que tenho do mundo atual é que perdemos os valores, vivemos usando para sermos usados. As pessoas já perderam noção da linha tênue que separa o sentimento e o respeito. Mas pelo que vejo, é assim que funciona o dia a dia no "real world". Como diria meu querido amigo James Hetfield, vocalista do Metallica, “Sad but True” - “Triste mas verdadeiro”, na tradução
Infelizmente! Se cada homem soubesse de um terço da dor de uma mulher rejeitada, jamais a faria se sentir desta forma. 

    No quesito “por que aconteceu isso comigo”, não se culpe e nem queira virar a vítima do mundo. Homem não é fácil de lidar e tentar entender a cabeça deles (a de cima) é quase como fazer uma lobotomia sem anestesia. É sério…quando querem, eles somem, aparecem e fingem que nada aconteceu. Mas pense que as mulheres também são complicadas, tem seus momentos de se sentirem livres e quando querem fazem, muitas vezes, pior. 

     Não dá pra julgar o outro pelo momento individual que está passando. E, muito menos, não podemos e não conseguiremos controlar os seus sentimentos. Ninguém deve se sentir obrigado a amar ninguém, assim como uma pessoa não deve pedir ao outro que a ame. Isso deve acontecer espontâneamente, sem controles, sem cobranças. E se o outro não achar motivos pra estar com você, não tente achar razões pra explicar. Saia fora e não deixe que a vida pare. Só isso! 

    Inclusive, em um desses históricos, lembrei que outra amiga teve um caso que parecia estar ficando sério. O casal saia sempre, envolveu sexo e tudo. Ela sempre justificava que estavam juntos, que não era nada sério, tinha vontade de namorar, mas o cara dizia não estar preparado. Sei que um belo dia, que não demorou muito, o rapaz sumiu e logo em seguida apareceu com uma namorada. Minha amiga ficou com cara de "Por que não eu?" - bom, até eu fiquei - mas é isso que digo, não podemos controlar as pessoas e, muito menos, seus sentimentos. 

    E voltando com a questão ser ou não janta, isso só depende de vocêÉ possível quebrar paradigmas. E ter força e energia para livrar-se dos sentimentos ruins é primordial. Ver por um outro ângulo ajuda a não se agustiar e tentar, em vão, buscar respostas.

   Sua cabeça funciona da seguinte maneira: "Odeio ser rejeitada e preciso me sentir por cima". Então satisfaça suas vontades! Tente reaviver um rolo antigo, procure novas bocas pra beijar, vá se distrair com as amigas, mas trate de não se desesperar. E se for o caso, use. Isso não quer dizer que tem uma autoestima baixa, mas que está precisando tomar um ar diferente. Todo mundo precisa depois de descobrir isso. Como diria minha querida mãe: "Se isso te faz feliz...". E se for fazer você se sentir melhor, faça alguém de janta também, oras.

Garanta sua "jantinha" se tiver vontade 

     Mas não seja dissimulada, isso é feio! Saiba lidar com a situação da melhor forma e tire proveito das coisas. Hoje em dia as mulheres estão sendo caracterizadas como “saidinhas” porque possuem a capacidade (muito maior que a dos homens) de se colocarem no lugar do outro e, em um caso desses, preservar a “presa” e não perdê-la de vista, mesmo que queira deixar em stand by, é uma coisa sábia a ser feita.

    Agora que já descobriu que virou uma possível "janta", decida: quer fingir que não entende e ignorar ou quer colocar as cartas na mesa e dizer que não tá a fim de ser solicitada somente quando interessa a uma das partes? Afinal, quem escolhe pra janta, muitas vezes não passa de uma pessoa que nem pra lanche serve, não é mesmo?

   Pra finalizar, achei que a Maria Rita responderá, da melhor forma, a todas mulheres que viraram "janta".


"Mas eu não caio do salto
Não grito, não falto
Com a minha verdade

Sinceridade!

Sai que a fila tem que andar"

sábado, 11 de maio de 2013

Porque eu sou é homem, como sou!

Sua tendência em viver relacionamentos é mais pro macho do que pra fêmea? Então você está enquadrada no quesito: sou homem com M de mulher!

    Esses dias, em uma das conversas com as amigas, discutíamos o porque dos homens não terem sentimentos inflamados como os das mulheres. Entramos em uma discussão interessante sobre algumas mulheres serem revolucionárias neste quesito e outras nem tanto.

   Foi neste ponto, exatamente ai, que eu me identifiquei e percebi o quanto possuo muito mais hormônios masculinos do que femininos. Pois é, sou praticamente um homem quando se trata de relacionamentos!

  Desde a adolescência eu percebia que não era muito ligada à algumas questões do coração. Sempre me dava bem com o carinha mais gato, mas terminava sem motivos ao passo em que ele me pedia em namoro e eu não queria me comprometer. Ou saia com uma pessoa "X" só pra extravasar na noite, pegava telefone e no dia seguinte nem mandava mensagem.

Se perder a ternura, lhe sobrará um coração gelado

    A vida seguiu desta forma e hoje me questiono porque o comportamento ainda não mudou, porque será que o medo de se machucar como mulher faz com que você se enrijeça como um homem? Mas homem também não sofre? Não chora de amor por alguém?

   Tentei esclarecer estes pontos com alguns amigos homens, de confiança, e a resposta que tive não foi unânime - como seria no caso das mulheres - pelo contrário, cada um deu sua percepção e achou absurdo as mulheres generalizarem o sentimento dos homens dessa forma.

    Afinal, os homens tem sentimentos! Ou nao?...se eu prolongar a discussão será que muitos vão comentar sobre suas experiencias pessoais?

    Eu tenho um palpite, se todas as mulheres agirem como os homens agem com elas, como será o mundo? Onde teremos o jogo de "ganha e perde", sendo que a última opção sempre fica por conta das fêmeas? Até que ponto isso será válido para as mulheres?

    A única conclusão que tirei dessa história é que se temos algumas reações para as coisas, elas devem representar algo sofrido no passado. Não exatamente, claro. Mas é bem provável que um deprimente e mau acabado caso de amor tenha esgotado nossos sentimentos pelos outros, tirado toda empatia, na qual nos preocupamos em não fazer ninguém sofrer. Ou simplesmente, a pessoa não está pronta para amar, se entregar. Isso pode acontecer também.

   Certa vez li uma frase do Che Guevara que dizia: "Há que endurecer-se, mas sem jamais perder a ternura" ("Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás"). E a vida se resume praticamente nisso. Enrijeça nas suas escolhas e atitudes, mas jamais perca a sua essência, o que te faz ser você. Porque no final, todo mundo tem um pouco de homem e em todo homem habita um pedacinho de mulher!


domingo, 10 de março de 2013

50 tons do quê?

Como um livro novela mexicana invadiu a cabeça das mulheres e virou febre mundial?

Talvez eu esteja atrasadinha, mas a pedido de uma amiga e como o apelo ainda é muito grande, resolvi contar um pouco como conheci Christian Grey e Anastacia e o que achei da trilogia. 

Primeiramente tenho a dizer que a E.L. James é um gênio. Embora a linguagem traduzida para o português seja bem pobrezinha, não faltou apelação, não mesmo. Podem discordar, mas (de)escrever como seria o homem perfeito, na figura de Christian Grey, é defini-la como uma oportunista, pois ela conseguiu chegar ao âmago feminino.

Conheci o Christian por meio de uma amiga, ainda morava na Alemanha quando comprei a trilogia que me faria gemer de amores. Veja bem, de amores. Um homem lindo, poderoso, rico, que pilota aeronaves, barcos, fala outros idiomas e toca piano. Quer mais? Ele é o próprio "pica da galáxias"! Traduzindo para os dias atuais, ele só pode mesmo ser de mentirinha. 

Porém, a ficção virou realidade para muitas mulheres. Para se ter uma ideia, só no Brasil foram mais de 300 mil exemplares vendidos desde seu lançamento. No mundo, mais de 40 milhões de cópias. E, como se não bastasse o sucesso dos livros, os direitos foram vendidos para a Universal por cinco milhões de dólares, ou seja, em breve teremos os 50 tons na telona!

Apresentacao do filme "50 tons de cinza"

Bom, mas vamos lá. Já sabemos que o livro é uma febre, mas a pergunta que fica no ar é: "Por quê?". Na minha humilde opinião, não se trata somente de um livro sobre sadomasoquismo, mas sim, da busca pelo controle. Hein? Vou explicar: as mulheres sonham com relacionamentos perfeitos, homens perfeitos. O fato é que por mais que tenham o melhor homem da vida, sempre vão querer mudá-lo em algum aspecto. Talvez não consigam modificar a altura dele, mas vão tentar camuflar de alguma forma. 

E é isso que a Anastasia Steele consegue com o Christian: mudá-lo. Ele, um indivíduo psicologicamente afetado por um passado de dor e medo e se mostra um homem misterioso, porém, com características dóceis. Na verdade, um cara do "naipe" dele jamais se apaixonaria por uma magrela, branquela feia e, pra completar, pobretona como ela. Mas isso aconteceu na ficção.  

Outra coisa que está acontecendo é que o livro está popular entre as mulheres de meia idade,  virou uma espécie de "pornô para mamães", porque o conteúdo erótico é apelativo e lembra bastante aqueles contos de Samantha e companhia, que podem ser comprados nas bancas de jornais e revistarias. 


Uma das minhas descobertas envolvendo as mulheres acima de quarenta é que no Brasil, na década de 60, foi criada uma marca estilo Avon, chamava Christian Gray. Ela ainda existe e vende roupas femininas. Não sei se era a intenção da E.L.James (acredito que não), mas isso pode ter complementado a aceitação do livro por parte das brasileiras de meia idade, que ligaram o nome do personagem à marca quando recebiam alguma indicação para a leitura.

Após essas conclusões, só podemos concordar com a genialidade da E.L.James. Ela sabe fazer pessoas comuns se apaixonarem por personagens que nunca existirão! 

E.L.James criou o homem perfeito

Em termos de mudanças comportamentais, babem: segundo uma pesquisa feita pelo site YouPorn, um YouTube só de vídeos pornôs, mostra que após o lançamento da trilogia, as buscas por conteúdo sadomasoquista aumentaram 67%. Apesar de eu achar que o apelo sexual morreu, porque a autora conseguiu matá-lo ao final do primeiro livro, aparece uma pesquisa como essa que me faz rever algumas ideias.

Por falar nesse assunto de matar o apelo sexual, eu realmente acho que o que tornou o livro uma babaquice foi perder isso, esse enredo. No final, acabou os dois personagens fazendo o vago "Vanilla sex", como o Christian Grey chamava o sexo sem sadomasoquismo no livro, e ficou por isso mesmo. Ai a novela mexicana se desenrolou facilmente, todos amavam a Anastacia Steele e queriam ficar com ela. Perseguições, fatalidades e mais um pouco de tudo isso definiram três livros.

Eu gostei ler a série, eu li tudo, o que muitas mulheres não fizeram, porque depois do primeiro, a ideia é de que os outros dois livros são desnecessários. Inclusive, tive muitas amigas que me diziam: "Você leu todos? Me conta? Não tenho mais paciência de ler". A autora matou o livro dois e três, mas comeu um pedaço da torta no mercado por causa da curiosidade feminina, que foi o que moveu muitas mulheres a consumirem a trilogia inteira sem ao menos saber do que se tratava o primeiro livro. 

O boca a boca funcionou muito bem neste caso e E.L.James virou um ídolo, um ícone, mas passou, assim como sempre passa. Ontem mesmo já ouvi falar que tem outro best seller nas paradas, um tal de "Garota Exemplar", com quatro milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, somente este ano!

Para quem tiver interesse no tema de sadomasoquismo, nunca li outros livros, mas dizem que o “Hotel Íris”, de Yoko Ogawa é muito bom, conta a história de um amor sadomasoquista entre um velho e uma garota de 17 anos. Se alguém leu, comenta pra gente saber se é bom! ;)

E para quem quer ler histórias quentes online, achei um blog bem erótico: Sadomasoquismo o livro proibido. Devo avisar que o conteúdo é proibido para menores de 18 anos, ok?


Então é isso. Quem ainda não leu os "50 tons de cinza", leia, tenha sua opinião, comente e para quem leu, se não conseguiu chegar ao segundo e terceiro, me pergunte que eu conto!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Poema de Cravo e Canela

Ó Deus, como eu invejo essa mulher!

Por onde passa balança até os corações mais humildes, 

Preserva o sorriso alegre, com coração feliz,

Tem que partilhar dessa alegria, que gera bem-estar

Parece que veio ao mundo só de passagem

Tem cara de quem está se divertindo com a vida

E essa falta de interesse descarada me provoca

Tento adivinhar os seus segredos, pensamentos,

Tento ser menino, com voz, 

Pra gritar pra essa moça como ela mexe comigo,

Como me tira os sentidos,

Como o que lhe falta é paixão,

Daquelas de perder o prumo, sem medo de cair de cabeça

E cada vez mais lembro do rebolado, do jeito e do sorriso,

Ah! Esse sorriso me mata, me congela, me assanha,

Talvez eu seja mesmo um velho tarado, 

Mas essa menina é uma delícia, um pecado, não no sentido sexual, 

Mas no gosto...de liberdade, poesia, música, calor, de fogo.

Gosto de cravo e de canela...

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Você virou cadastro?

Um jantar com as amigas e muitos temas à mesa. Um deles me chamou a atenção e surgiu por um comentário: "ele some, aparece de vez em quando e saímos para beber algo ou jantar...mas nunca é nada sério...". A resposta imediata de uma das amigas me tirou até a concentração: "ah, já vi tudo! você virou mulher cadastro!". Naquele momento tudo ficou explicado, mais do que isso, esclarecido à ponto de ser o ar que respirei durante o resto da semana. 

Mulheres cadastro. Quem inventou o conceito sabia do que estava falando. É um típico guru de relacionamentos do século XX, com certeza. Mas, além disso, é uma pessoa muito sensata quando decide qualificar, desta forma, uma mulher que é procurada somente no momento que interessa. 


Primeiro fui à campo, perguntei para os mais fiéis amigos, aqueles que podemos falar sobre tudo, online ou durante uma bebericada aqui e um amendoim ali. E eles revelaram: Sim, os homens tem um cadastro - só que, claro, não denominam dessa forma. E a justificativa: ninguém quer fazer ninguém sofrer, principalmente porque há uma pessoa conivente do outro lado, ou seja, que está totalmente certa de que está ali para isso, ser companhia. Será?


Será que todas sabem porque ele liga dizendo que está sozinho precisando de alguém para assistir um filme; quando quer alguém pra tomar uma cerveja ou até mesmo quando bate aquela vontade de passear, sem compromisso, no shopping ou em qualquer outro lugar? 

Para mim o sentimento da maioria das mulheres diante disso é de exclusividade, de achar que pode acontecer algo mais. Muitos enganos e nenhuma explicação. Só se sabe que a caça é certa, mas o caçador nunca confessará que só a procura pra isso ou aquilo, sem intenção de se envolver. Usada sem ou com conivência, em quantos por cento avalia que será a namorada depois de umas saidinhas? É pra se pensar... 

Por um lado, penso que não deve ser tão ruim ser o escape de alguém, se tiver à toa, sem compromisso com ninguém, quiser uma aventurinha aqui e ali, mas sabe...se mais de 45% das mulheres me disser que não quer um relacionamento sério, paro de escrever o blog, porque, ou estou vivendo com encalhadas carentes depressivas ou a coisa tá feia do lado de fora. 

No meu círculo de amizades, conheço pessoas tranquilas quanto a um relacionamento, pacientes, mas não que não queiram ter alguém ao lado. Um amigo até chegou falar que isso tem muito a ver com as pessoas amarem mais o desejo do que o desejado, nessa parte concordo com ele. Pra mim, o mundo está divido, claramente, assim: indivíduos que amam as coisas e usam as pessoas. 

Mas não vou colocar a culpa somente nos homens, ok? Meus amigos foram tão queridos em suas observações que me despertaram para um algo que ocorre com frequência, as mulheres também estão cadastrando! Não fiquei abismada quando um deles me disse que já fora usado por uma de suas paqueras preferidas. Ele pensou que era considerado o namoradinho e, no final, ela começou a namorar com outro. 

Isso pra mim é um reflexo de tudo o que o mundo atual traz: mulheres social e financeiramente capacitadas para se acharem no direito de fazer as mesmas coisas que os homens. Basta um pouco de independência, cara de pau e voalà, temos uma orda que separa o joio do trigo e consegue encontros fáceis, sem precisarem ser muito convincentes. O problema é que umas e outras fazem em sã consciência, enquanto outras ainda, nem tanto, pois esperam o dia em que serão enxergadas de forma diferente, como alguém para se apaixonar.

E para aqueles que catalogam sempre, não vejo problema algum, mas não reclamem estar perdendo o amor da vida por estar ao lado de outra pessoa, mesmo que temporariamente. Enquanto se perde tempo com um, o que te espera cansa. 

O fato é: quem um dia cadastrou, será cadastrado e vice versa. E quem nunca catalogou os contatos com preferências, afinidades e outros quesitos, que jogue a primeira pedra! 

E você, já virou cadastro ou já cadastrou alguém? 




domingo, 20 de janeiro de 2013

Morena solitária procura...

Muitos riem antes de preencher dados do tipo: "o que está procurando?", "qual o seu perfil ideal?"... mas o que leva uma pessoa a se cadastrar num site de relacionamentos?

Fiz o teste! É, aquele velho teste básico, em que a gente entra, vê se existe uma possibilidade e se depara com uma verdade: tem mais gente decente numa rede de namoros do que na vida real! Será isso possível? Será que atingimos a plenitude da ignorância em tentar, ao invés do tête-à-tête  nos aproximar pela internet?

O algo inatingível num ser humano pode ser classificado, compreendendo o caráter, os gostos, as preferências. Muito se diz em uma dessas redes, pouco se expressa. As fotos significam mais ainda, talvez não exista o conhecer, mas o cantinho da tela dá a opção do "sorria para fulano", "curta o perfil de cicrano".

Confesso que acho a experiência tentadora, supreendente, principalmente por constatar que os melhores "currículos" podem ser encontrados em um site como esse. Não me impressiona que algum head hunter um dia se cadastre só para desfrutar do grande hall de profissionais em espaço aberto, ou melhor, fechado, com senha de acesso e login do perfil.

Ok, talvez eu esteja sendo muito pessimista quando eu digo que talvez as chances de conhecer alguém ao vivo e em cores esteja dizimada, mas (Hellooo!!!) o mundo digital se mostra grandioso, com sua "venda" magnífica. Pares feitos, perfeitos, um para ele e outro para ela. Me diga se não é uma feira de tentações! Quero três desses e mais dois daqueles, com direito à jantar fora, se gostar da minha foto! E se gostar de Paris, desprezar Veneza e achar que Praga é o lugar mais lindo do mundo, podemos marcar o casamento, e a igreja é logo ali.

E assim caminha a humanidade...e se eu já acho que o mundo fora do digital não está tão interessante como em outrora, por que os zilhões de humanos que aqui vivem, também carentes, estariam? 

É de se questionar a causa, motivo, razão, circunstância, para alguém entrar nessa, mas eu também me perguntei quando resolvi fazer o teste. E não sou de se jogar fora! Talvez a gente só espere uma coisa do mundo virtual, que não temos no real, ser amados e compreendidos da forma que somos, de verdade.

Aproveitei o post para expor o trabalho da designer Thais Aragao, que diz muito sobre a procura...









E para quem gosta de filmes, Diane Lane trabalha muito bem em "Procura-se um amor que goste de cachorro". Estrelado, também, por John Cusak, a divertida comédia romântica fala sobre como, depois de uma série de relacionamentos desastrosos, uma professora do jardim de infância descobre o amor, após colocar um anúncio na internet procurando um namorado. Vale a pena conferir!